Na nossa rotina como advogado para aposentadoria, percebemos que, após nossos clientes fecharem o contrato conosco para darmos tratativas em seu processo contra o INSS, um dos principais receios deles é saber como o processo será acompanhado e quais cuidados teremos até o final do processo.
Percebemos a carência que muitos clientes têm em obter informações que são nada mais que direito deles em receber, afinal estão nos contratando pra isso. Aqui neste texto tentarei explicar toda a jornada dos processos e dos clientes em meu escritório.
O cliente chato e a vítima perfeita
Há uma história que chamamos de “O cliente chato e a vítima perfeita” que bem se aplica ao caso. Um cliente que muitos funcionários o taxavam como chato, insistente, ligava pro escritório direto pedindo informações sobre seu processo.
Quando ele ligava, ninguém queria atende-lo por já terem taxado ele de chato. Até que em um determinado dia, o cliente chato, bateu à porta do escritório procurando o dono, e o dono, prontamente decidiu ouvi-lo e saber o que o afligia.
Após horas de conversa, o próprio dono percebeu que o cliente não era tão chato quanto taxavam, poderia sim ser crítico, mas durante muitos meses ligou para o escritório para obter informações de seu processo, que era nada mais que um direito seu, mas nunca conseguia.
Portanto, o que eu mais prezo no meu escritório, antes de mais nada é ser uma boa ouvinte e cultivar os clientes que já passaram pelo escritório, sabendo dar a devida atenção quando precisam e não dar atenção apenas até o fechamento do contrato, mantendo um relacionamento também pós fechamento de contrato.
Porque exatamente este cliente que é crítico e exigente é que, recebendo uma boa prestação de serviço de meu escritório, que irá me recomendar por 10X para seus conhecidos e o efeito inverso acontecerá também: se não sentir a segurança em meus serviços, falará mal de meus serviços, fechando muitas portas para mim.
O fluxo do atendimento em nosso escritório
Como um escritório especialista em Direito Previdenciário, e com muitas ações em trâmite tanto na Justiça Federal quanto na esfera administrativa, temos como uma das prioridades o acompanhamento de perto destes processos e de forma individualizada.
Quando o cliente entra em contato comigo ou por ligação ou por WhatsApp, o primeiro passo é ouvir sua história e saber qual tipo de benefício ele está querendo receber e acima de tudo, identificar, juridicamente, se ele tem o direito.
Confirmado o direito do cliente, o encaminhamos para uma consulta para entendermos de forma mais profunda o caso, ou se já percebemos que se trata de um caso de planejamento previdenciário ou elaboração de cálculos sem necessidade de consulta, informamos ao cliente o valor e como é cada processo e seus benefícios.
Nós preparamos toda a documentação como o contrato e solicitamos as documentações pertinentes ao clientes para darmos início ao serviço. os principais documentos para quase todos os serviços do escritório são:
- Carteira de trabalho
- Identidade e CPF
- Comprovante de residência
- Carnes, em caso de contribuinte autônomo ou facultativo.
Caso seja identificado que o cliente já possui direito a dar entrada em algum benefício tanto na vida administrativa quanto na judicial, apresentamos os valore dos honorários.
Após a assinatura do contrato, encaminhamos um documento chamado de entrevista previdenciária para ser preenchida pelo cliente. Este documento contêm o máximo de perguntas possível para nos auxiliar a entregar um serviço de excelência é de extrema importância que seja preenchido com muita atenção.
Possuo um processo já em andamento com outro advogado. Vou ser atendido?
Muitos clientes vêm até o meu escritório com processo já em curso com outro advogado e insatisfeitos pela prestação de serviço realizada por aquele. Nestes casos, prefiro não patrocinar a causa, por questões éticas e profissionais, com exceção quando percebo que houve abandono do processo por parte do advogado, prejudicando assim o direito de seu cliente.
Nestas hipóteses, oriento o cliente a desconstituir o advogado outrora contratado e passo a atuar no processo. Fico muito aborrecida quando vejo colegas da profissão tratarem seus clientes como apenas mais um número, apenas mais um processo.
Principalmente na área do direito previdenciário, onde temos tantas pessoas carentes de atenção e em busca de seu benefício previdenciário.
No meu escritório, independentemente de estar ou não entrado cada vez mais processos, cada cliente tem a sua importância e tratamento diferenciado. Principalmente, em se tratando de clientes previdenciários que, muitos deles, são carentes de atendimento e atenção.
Na área previdenciária acontece muito de chegarem clientes muito carentes e não falo apenas de carência financeira mas de atenção, e que alguém explique sobre seus direitos e quais decisões tomar. Nem sempre é sobre benefício do INSS mas eles veem em mim uma possibilidade de orientação jurídica.
E nestes casos, sempre dou o endereço da Defensoria Pública e os encaminho para lá, se não for da matéria de INSS ou se eu não tiver nenhum parceiro meu que atue na área que eles precisam de ajuda.
O lema é ajudar, sempre!
Como recebo informações de meu processo previdenciário
Como forma de facilitar meu dia a dia e otimizar meu tempo, tenho um sistema de controle de prazos processuais, além de passarmos todo e qualquer andamento relevante e importante que nosso cliente precise saber a respeito de seu processo administrativo ou judicial junto ao INSS.
O segurado acha que, em razão do “sonho vendido” pelo INSS, pode sim (até porque deveria ser um deste sistema, além de me auxiliar no controle de prazos, me permite encaminhar, em tempo real via whatsapp ao meu cliente um andamento que eu considere importante em seu processo.
Acontece que o grande problema se encontra nas exigências expostas em inúmeras legislações previdenciárias que o segurado não conhece.
Desta forma, isso traz segurança ao cliente além de estreitar os laços entre nós, que muitas vezes, em razão da correria do escritório, não conseguimos manter um contato mais próximo após o fechamento do contrato.
O que eu mais prezo em meu escritório é passar segurança ao meu cliente, e explicar a ele sempre os próximos passos que irão acontecer em seu processo, para que o mesmo sempre saiba em que pé está o seu processo e se sinta seguro de que tomou a decisão certa em fechar comigo.
Sabemos que, muitos clientes, com mais facilidade com a internet, muitas vezes, acompanham seu processo seja pela justiça federal, seja pelo site do MEU INSS e eu não vejo problema nisto, pois é um direito dele. Muitos advogados especialista em direito previdenciário não gostam deste tipo de situação, mas eu não vejo problema.
O lado negativo disto é, pela falta de conhecimento da área, muitos clientes veem um andamento simples e rotineiro em seu processo e fica desesperado, achando que pode ser algo ruim ou pior; que seu advogado está omitindo alguma informação importante.
Por isso, eu prezo muito pela transparência no meu relacionamento com o cliente. Apesar de terceirizar muitos serviços burocráticos em meu escritório, faço questão de eu mesma fazer o atendimento um a um, para demonstrar ao meu cliente o quanto ele importa e que ele não é apenas mais um número que vai me trazer honorários advocatícios.
Após a distribuição de cada ação previdenciária contra o INSS, seja na via judicial ou via administrativa, cadastramos este processo em nosso sistema interno tornando assim quase que nulo o risco de perda de prazo.
Antes mesmo de peticionarmos e distribuirmos o processo previdenciário, encaminhamos uma cópia da petição inicial ao cliente para análise do mesmo e após o protocolo da ação, encaminhamos o número do processo ao mesmo para acompanhamento, caso queira.
O importante destacar é que nesta relação entre cliente X advogado não deve haver, em hipótese alguma, falta de transparência e honestidade, de ambos os lados.
Não ganhei meu benefício. E agora?
Claro que já passei por situações em que recebi uma improcedência e me entristeceu muito não só como profissional, mas também em razão do direito do meu cliente ter corrido risco. É difícil explicar ao cliente que uma improcedência, muitas vezes, não é culpa do advogado e que pode sim fugir de nossa alçada.
O que importa é ser transparente, principalmente nestes momentos de perda em algum processo.
Não adianta tentar esconder do cliente e isso eu jamais fiz e não farei. O que importa é mostrar pro cliente que, apesar do esforço empenhado como sua advogada especializada em direito previdenciário e toda a ética profissional que foi ali aplicada, infelizmente tivemos um resultado não esperado.
É claro que também já houve omissão de informações importantes por parte do cliente, podendo muitas vezes, interferir no direito do próprio segurado. De má fé ou não, não importa. O que eu sempre deixo muito claro aos meus clientes é que toda e qualquer informação deve ser trazido a meu conhecimento.
Outra coisa importante de deixar registrado que tratamos dos processos sempre de forma proativa. O que isso quer dizer? Que não distribuímos o processo e esquecemos dele, deixando à cargo do judiciário decidir.
Mas mesmo assim consegui fazer o processo dele andar muito mais rápido e ter o deferimento que ele tanto esperava após a juntada dos documentos certos e cumprir as exigências abertas pelo servidor.
Estamos sempre de forma ativa à frente, solicitando providências, fazendo atendimento presencial e virtual tanto com os cartórios das varas federais quanto com o INSS.
Um bom advogado especialista em direito previdenciário e que atue ativamente nos processos de seu cliente não pode se limitar apenas a distribuir uma ação e só esperar a decisão final.
Como muitos sabem, se deixarmos ficar na mão da lentidão da justiça e do INSS, nada anda. Temos que ser diligentes, proativos, e essas são uma das principais atribuições do meu escritório. Eu fico em cima do cartório, peço agilidade no andamento e tudo que estiver em meu alcance para agilizar o direito do meu cliente.
Afinal, quanto mais o processo anda rápido, mais rápido conseguimos implementar o direito do cliente e mais rápido recebemos nossos honorários e todo mundo fica feliz, não é mesmo? E cliente feliz nos indica, e é pra isso que trabalhamos.
Deixar clientes satisfeitos enquanto forem atendidos por nós.
Conclusão
Através da leitura do artigo, foi possível perceber que em se tratando da aposentadoria do vigilante junto ao INSS, grande parte das vezes, será necessária a intervenção de um advogado para você não ser privado de seus direitos junto ao INSS.
A atuação do advogado previdenciário é muito extensa e é muitas vezes indispensável no sucesso do seu benefício previdenciário. Pra mim, o mais importante, nunca foi o recebimento de honorários advocatícios. Eu fiz um post contando um pouco da minha trajetória na advocacia e como cheguei à área previdenciária. Se quiser ler, clica neste link:
https://fernandadiniz.adv.br/advogado-previdenciario-rio-de-janeiro/
O INSS é o maior réu do Brasil, com maior número de processos judicias e atualmente presta serviços a mais de 30 milhões de segurados e possui apenas 30 mil funcionários e com uma fila de mais 1 de milhão de segurados esperando receber seu benefício.
É impossível dar conta da quantidade de segurados com uma quantidade tão baixa de funcionários e por isso nossa atuação como advogados previdenciários é tão importante, facilitando o acesso dos segurados aos seus benefícios que têm direito e se for necessário, ingressar com ação judicial.
E com a alta demanda de benefícios a serem analisados e com metas internas a serem cumpridas, bem provável que o servidor não analise todo seu histórico de forma correta e não conceda o seu direito ou pior, conceda um benefício menos vantajoso e você sem ter conhecimento, acabe aceitando.